O democrata cristão abandonou a neutralidade
Após declarações de Eduardo
Bolsonaro, Eymael pede a Haddad um pacto nacional. (FOTO: REVISTA FÓRUM)
De acordo com a coluna Expresso,
da revista Época, até mesmo o candidato derrotado na disputa presidencial, do
partido Democracia Cristã (DC), José Maria Eymael, abandonou a neutralidade,
nesta segunda-feira (22), após a divulgação de vídeo com a declaração do
deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho de Jair Bolsonaro, de que
bastam um cabo e um soldado para fechar o Supremo Tribunal Federal.
Eymael mandou sinais ao petista Fernando Haddad, a quem pediu um “pacto nacional pela democracia”.
Entenda o caso
Filho do candidato de extrema
direita Jair Bolsonaro (PSL), o deputado Eduardo Bolsonaro deu mais uma
declaração, no mínimo desrespeitosa e em tom de ameaça sobre o Supremo Tribunal
Federal (STF). Durante uma palestra, pouco antes do primeiro turno, ele afirmou
que se o STF impugnar a candidatura do pai “terá que pagar para ver o que
acontece. Será que eles vão ter essa força mesmo? Se quiser fechar o STF você
não manda nem um Jipe, manda um soldado e um cabo”.
O vídeo com a fala de Eduardo
Bolsonaro teve ampla repercussão negativa. Grandes personalidades da vida
nacional, como o ex-presidente Fenando Henrique Cardoso (PSDB), a ministra do
Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Supremo Tribunal Eleitoral
(STF), Rosa Weber e os ministros do STF, Celso de Mello e Marco Aurélio Mello
fizeram críticas contundentes ao filho do presidenciável.
Bolsonaro radicaliza
Pouco depois de saber e criticar
as declarações do filho, o candidato à Presidência, Jair Bolsonaro, radicalizou
ainda mais seu discurso, neste domingo (21). Em fala que foi transmitida por
telefone direto para a avenida Paulista, o presidenciável disse que o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o candidato petista Fernando Haddad
“apodrecerão na cadeia”.
Além disso, Bolsonaro ainda falou
que “a faxina agora será muito mais ampla. Essa turma, se quiser ficar aqui,
vai ter que se colocar sob a lei de todos nós. Ou vão para fora ou para a
cadeia. Esses marginais vermelhos serão banidos de nossa pátria. Essa pátria é
nossa. Não é dessa gangue que tem bandeira vermelha e a cabeça lavada”,
completou. “Vocês, petralhada, verão uma Polícia Civil e Militar com retaguarda
jurídica para fazer valer a lei no lombo de vocês”, disse.

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