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Mostrando postagens de 2012

Impossível Te Esquecer

Enquanto finda a tarde, atrás de um monte, E a mata silencia - o Sol é posto -, Procuro, inda, na aurora, ao horizonte, Brilho e beleza, como há no teu rosto. A saudade que sinto, agora, é fonte Da imensa dor, à qual estou exposto. Rezo ao entardecer, então, que aponte, Antes da noite, um fim prá o meu desgosto. Pois sei que a Lua vai me achar sofrendo E, se eu dormir, será pelo cansaço Da longa espera prá te ver chegando. Mas, mesmo quase eterno o sono sendo, Não terei esquecido o teu abraço Se, ao acordar, inda estiver chorando.

Logo tu...

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De todos os invernos Desde os mais remotos Esse é o que arde no peito Com tamanha intensidade Que o frio não pode apagar Que as manhãs imersas em sono Causam mais embriaguez Dentro das lembranças do teu jeito Causam tontura Ao lembrar das ondas intensas Que teu beijo causa Em todos esses dias Teus cabelos ficaram em mim Esse inverno há de passar Pois nele também há de vir A alvorada de sonho Cheia dos raios da manhã Molhadas do calor da tua pele Que derrete, que desmancha Qualquer impedimento Nesse hora sou teu Somente teu A exibir o sorriso de menino Com o universo aos meus pés Cheio do teu cheiro Com o corpo pequeno Para ter tamanha alegria Tenho certeza que ali és minha Logo tu, que eu sempre quis Logo tu, logo tu…

Numa entrevista de emprego...

- Muito bem meu rapaz!... Eu até que gostei de você, achei você bastante simpático. Vamos fazer um último teste: Vamos dizer que você está no pantanal e de repente aparece uma onça enorme, o que você faz? -, perguntou a entrevistadora. - Se eu tiver uma arma eu atiro nela - respondi. - E se o senhor não tiver uma arma? - Aí eu pego uma faca e vou pra cima dela - cheio de valentia, argumentei. - E se você não tiver uma faca? -, continuou a entrevistadora. - Aí eu saio correndo. - E se o senhor não puder correr? - Tem certeza que a senhora gostou de mim?

Mais um Bolsa Miséria...

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Pois é... Esse mês entrará em ação mais um "Bolsa Pobreza" no Brasil. E dessa vez ele foi carinhosamente chamado de Brasil Carinhoso.   Será mais um novo benefício do governo para tirar as famílias que estão abaixo da pobreza e que tenham renda per capita inferior a R$ 70. E acreditem, somente serão esses os beneficiados (?). E mais, a familiar deve ter pelo menos uma criança de até 6 anos de idade. Esse programa faz parte do Brasil sem Miséria, que foi lançado em junho de 2011, onde o objetivo era erradicar a miséria no país que, conforme dados da época, chegava a mais de 16 milhões de pessoas. Esse é mais um benefício que a presidente Dilma Roussef veio trazer em seu pronunciamento de rádio e TV, onde ela também destaca o aumento de crescimento de creches - como se isso fosse sinônimo de saúde, educação, comida, conforto, lazer e higiene. Na minha singela opinião, o programa e o projeto não são mais do que outros incentivos à "produção desenfreada de criança

Rio mais Vinte, mais Quarenta...

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Em 1992, na conhecida ECO-92, representantes de vários países se reuniram no Rio para falar do meio ambiente, de justiça social, do empobrecimento do mundo, da sustentabilidade do planeta. De lá para cá, muito se falou sobre esses assuntos, mas a verdade é que pouco se fez. É claro que o pouco que foi feito é importante, mas o meio ambiente continua a ser degradado, o planeta continua a ser cada vez mais poluído e cada vez mais sujeito à intempéries, a natureza continua a ser desrespeitada. A justiça social se distancia mais e mais dos cidadãos e a pobreza aumenta, enquanto a riqueza vai para as mãos de poucos. Então, o que se espera desta Rio+20 que está acontecendo há alguns dias é que atitudes em favor do lugar onde vivemos sejam colocadas em prática, decisões sejam tomadas e executadas e boas ideias sejam aplicadas no sentido de modificar o cenário mundial atual. Passaram-se vinte anos e a coisa não modificou muito, tanto é que o mundo todo está se reunindo p

O (mal)dito ciúme

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Queima ao coração ódio desmedido, Quando a vejo abraçando outro qualquer. Quem é? - já te pergunto - o que ele quer? Quase o derruba o meu olhar, traído. Quebra a paixão a cena, o ato incontido. Questiona-me o porquê, mas, se eu disser Quanto te adoro, vais notar, mulher, Que o culpado, o ciúme, tem sentido. Controlar é difícil, mas eu tento, Co'o relacionamento a se romper, Cujo fim sofrimento há de trazer. Como vivo de um nobre sentimento Chamado amor, serei mais ciumento Contigo, se por ele eu te perder.

Citação do Dia

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"A massificação procura baixar a qualidade artística para a altura do gosto médio. Em arte, o gosto médio é mais prejudicial do que o mau gosto... Nunca vi um gênio com gosto médio." (Ariano Suassuna)

Parabéns para você, nessa data querida!

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Ariano Suassuna, autor da clássica peça Auto da Compadecida, faz 85 anos neste sábado. Vida longa ao paraibano, membro da Academia Brasileira de Letras, cânone nacional que se mantém firme e forte. Ele foi indicado pelo Senado o candidato brasileiro ao Nobel de Literatura. Quem sabe não é dessa vez? Esse homem fez muito pela cultura do nosso país! Parabéns!

E a ignorância do povo não tem fim!

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(A extensa Rua Professor Gabizo e seus pouquíssimos cruzamentos) NOTA:   A rua Professor Gabizo é uma das principais ruas que ligam o bairro da Tijuca até o Maracanã. Por toda sua extensão, existem cruzamentos com ruas menores que também são movimentadas, principalmente na hora de volta dos trabalhadores para a sua casa. Durante esse horário, ela apresenta um grande congestionamento e o trânsito fica literalmente parado. LEGENDA: Linha Vermelha: Rua Professor Gabizo Linha Azul: Cruzamentos com a Rua Professor Gabizo Pois é... A ignorância do povo não tem nem nunca terá fim! Contar-lhe-ei um pequeno acontecimento que ouvi das bocas de uma pequena senhora dentro do ônibus essa semana. Mas não se preocupem, você, meu caro leitor, ficará somente pasmo e não correrá o risco de contrair a ignorância alheia... Bem, pelo menos eu não peguei! Estava eu, dentro da minha condução, indo em direção à minha faculdade, quando me deparo com uma senhora um tanto impaciente...O t

Citação do Dia

"A televisão nada mais é do que um meio de nos manipular e nos transformar em máquinas, tanto que ela até acaba mexendo com o nosso cérebro e o nosso sistema nervoso!" Antônio Ferreira,  Um tio meu que está passando uns dias aqui em casa. OBS: Não tem foto do meu tio porque ele não deixou tirar... Por mais que eu insistisse!

Estou de volta (de novo!)

Ahh, meus caros leitores, o que seriam de vocês se dependesse de mim? Nada! Não vou ficar enrolando, até porque praticamente todos os meses eu saio por um tempo, depois volto me explicando e prometendo ficar, mas acabo tendo que sair por um tempo, depois volto promentendo mundos e fundos; e ficamos por um ótimo tempo nesse ciclo sem fim... Mas como todo bom escritor (nem um pouco prepotente e arrogante, né?) não pode deixar de escrever, vamos ao trabalho. Espero que vocês gostem das minhas postagens e se divirtam um pouco nesse blog totalmente informal. Aos seguidores da informalidade, preparem-se.... Porque eu estou de volta (de novo!) Um abração a todos... J.F.C.Silva

Como eu contarei estória para meu filho dormir...

Era uma vez três porquinhos, P1, P2 e P3, e um Lobo Mau, por definição, LM, que os vivia atormentando. P1 era sabido e já era formado em Engenharia. P2 era arquiteto e vivia em fúteis devaneios estéticos, absolutamente desprovidos de cálculos rigorosos. P3 fazia Estilismo e Moda na ECA. LM também era um mega investidor imobiliário sem escrúpulos e cobiçava a propriedade que pertencia aos Pn, visto que o terreno era de boa conformidade geológica e configuração topográfica, localizado próximo à Granja Viana. Mas, nesse promissor perímetro, P1 construiu uma casa de tijolos, sensata e logicamente planejada, toda protegida e com mecanismos automáticos. Já P2 montou uma casa de blocos articulados feitos de mogno, que mais parecia um castelo lego. Enquanto P3 planejou no Autocad e montou ele mesmo, com barbantes e isopor como fundamentos, uma cabana com teto solar , e achava aquilo 'o máximo' (VIADO). Um dia, LM foi até a propriedade dos suínos e disse, encontrando P3: - 'Uahah

A história da Chapeuzinho contada de outra maneira...

Chapeuzinho viu uma movimentação num arbusto e foi ver o que era. E lá estava ele, o Lobo. Então perguntou: - Seu Lobo, o senhor por aqui? - Sim, Chapeuzinho... - Mas Seu Lobo, pra que esses olhos tão grandes? - É para te ver melhor! E o Lobo correu sumindo pela mata. Mais adiante, Chapeuzinho Vermelho percebe outra movimentação em uma moita e vai verificar. Lá estava novamente o Lobo. - Seu Lobo! O senhor por aqui novamente? - Pois é, né, Chapeuzinho.... - Mas Seu Lobo, pra que essas orelhas tão grandes?? - É para te ouvir melhor! E o Lobo correu sumindo mata adentro... Mais adiante, novamente uma movimentação em uma moita. Chapeuzinho vai verificar e encontra novamente o Lobo Mau. - Seu Lobo, outra vez o senhor por aqui? - É, né, Chapeuzinho... - Mas me diga: para que essa boca tão grande? - É para te mandar tomar no cú, porque eu tô querendo cagar faz um tempão e você não deixa.

Frases do dia

A distância entre o querer e o poder se resume em uma palavra: Tentar O problema não é desculpar. É desculpar quem a gente sabe que vai magoar de novo. O ruim das decepções é que elas vem de quem você menos espera.

Citação do Dia...

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 "Ama o impossível, porque é o único que te não pode decepcionar." Vergílio Ferreira

Do Outro Lado...

Hoje ao deparar-me com você percebi em seus olhos uma certa angústia, uma decepção. E ao te desprezar senti que quem está agora em meu lugar é você. Pela primeira vez senti o sabor da vitória. Depois de muito tempo percebo que a ampulheta finalmente está com seus grãos dispersos. Agora quem derrama os grãos d’areia sou eu e você apenas os colhe como há muito eu os colhia. E hoje sou eu quem despreza, maltrata, humilha... E hoje é você quem passa pelo o que eu passei em suas mãos. Mas... Como toda ampulheta tende a inverter seu lado, eu te prometo que quando isso tiver de acontecer a quebrarei em mil pedaços, para nunca mais sofrer por sua causa e nem você sofrer mais pela minha...

Frases do Dia

A decepção é a verdadeira forma de provar como amamos alguém...   As pessoas que mais amamos, são as que mais nos decepcionam.

A Fazenda dos Florence

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Sempre soube dos rumores a respeito da propriedade dos Florence. Na pequena cidade onde nasci nenhuma criança se aventurava ao longo da estradinha de terra que levava aos portões enferrujados da velha fazenda ao sul. Desde cedo, em suas residências, lhes era ensinado a temer a estranha família. Ao longo dos anos faziam com que acreditassem que os Florence eram malvados, perigosos, diabólicos. Mas era mais do que isso. Lembro-me de que, certa noite, ao pé da lareira com meu pai, o ouvi contar para todos nós, de sua casa, como a triste família se havia perdido nos caminhos das trevas; como havia trocado as bençãos de Deus pelas falsas promessas de fortuna feitas  pelas coisas que andam no inferno e que eles evocavam graças aos poderes da velha matriarca. Ainda me causa calafrios a maneira como meu pai parecia acreditar em tudo o que contava e a forma como ele nos advertia para manter distância, pois aquelas pessoas eram monstros reais que, em noites enluaradas, vagavam soltos dentro do

O Beijo - Final

        Naquela noite, Lúcio não conseguiu dormir. Revirou-se no leito por algumas horas. O sono não vinha. Por volta de meia noite, resolveu sair da cama. Abriu a janela do quarto para conseguir se refrescar com algum vento, já que o suor encharcava a sua roupa de dormir. Ao abrir a janela, o brilho fugaz da lua cheia invadiu seu quarto. Não foi o vento, mas a luminosidade que lhe trouxe o alívio de que precisava. Respirou fundo apoiado na janela. Colocou rapidamente uma roupa, pegou seu candeeiro e saiu pela rua.       Tudo estava muito escuro e o candeeiro não fornecia a claridade suficiente para andar com segurança. Mas a lua era tudo de que precisava. Sua cabeça fervilhava com os acontecimentos do dia que se passou. Naquela manhã havia puxado a alavanca que enforcou Serena, retirado seu corpo sem vida da corda e, junto com mais dois jovens do vilarejo, a levou para uma clareira no meio da floresta. Cavaram um buraco na terra fofa e a deixaram lá. Para que, segundo suas próprias

O Beijo - Parte II

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        A mulher se arrumava calmamente. Apertou os cordões atrás do espartilho, bateu a poeira das botas que usava, jogou a cabeça para trás e sacudiu os longos cabelos negros como as asas de um corvo. Seus olhos estavam em paz, olhando para fora da janela gradeada. Quem a visse assim, nunca imaginaria que estivesse a poucos minutos de ser enforcada. A sua prisão era improvisada. Ficava em baixo da sacristia. Um lugar bem parecido com uma masmorra, mas não tão ameaçador. A janela pela qual olhava ficava rente ao chão do lado de fora. Não podia deixar de ter pensamentos perversos sobre os motivos que levaram o padre a ter aquele lugar mantido ali.       Ouviu a porta do andar de cima ranger e depois passos na escada. O padre descia com uma bíblia e uma cruz na mão. Um sorriso brincou em seus lábios “será que ele pensa que eu sou um vampiro?”.       O padre abriu a bíblia e beijou a cruz. Começou com a sua ladainha. A cabeça de Serena fervilhava de ansiedade. Não estava com paciênci

O Beijo - Parte I

       — Ela não deve permanecer aqui! – Ele repetiu a frase mais uma vez.        — Você se refere a um enterro cristão? – O padre perguntou incrédulo.       — Não! Eu digo na floresta ao norte da cidade.       Um silêncio reinou na sala onde se reunia quase todos os aldeões da comunidade. A pauta da vez: Um jovem, Lúcio, queria impedir que uma jovem, Serena, fosse queimada sob a acusação de bruxaria. Não que ele quisesse que ela fosse poupada. Sua idéia era de que a moça fosse enforcada e enterrada, longe da vila, mais precisamente dentro da densa floresta que cercava três quartos do lugar. Tudo aconteceria no dia seguinte e as coisas estavam longe de acabar.       Lúcio tentou convencer a todos de todas as maneiras:       — Se nós a queimarmos, suas cinzas continuaram aqui. – disse ele.       — E que mal as cinzas de uma bruxa morta fariam a nós? – Gritou uma senhora na última fileira. Um murmúrio geral deu mostras de concordância.       Lúcio abaixou a cabeça. Não queria dizer a ver

O Enforcado

   Final de chuva pela manhã, fim do período de ronda e café requentado esperando a passagem de serviço, um chamado!    Era verificação de corpo encontrado. Na árvore distante da estrada um homem, estranho vulto mal vestido,  pendia rente a enxurrada. Cena de morte, fotos necessárias, isolamento de local e outras atitudes teatrais.    No pescoço esticado um arame dava conta de ser o mortal instrumento. Olhos esbugalhados do sofrimento escolhido pareciam olhar para mim, confessando um arrependimento tardio. Morrera durante a chuva naquela solidão de vida, naquela desesperança.    Em seu bolso uma velha carta de sua filha. Declaração de um amor agora findado nos galhos da terrível má escolha como solução de problemas.    Uma garrafa pelo meio de cachaça, pelo meio de coragem, cheia de histeria, era na verdade a muleta da covardia. Matou-se por ter perdido o emprego no mesmo lugar onde muitos não querem trabalhar, mercê das tolerâncias e bolsas cada vez mais disseminadas p

Churrasco de Rico e de Pobre...

TRAJE FEMININO: DE RICO: Calça Capri de cor Clara DA Zara ou outra grife importada, bolsas L. Vuitton, Prada. Camisetinha básica branca DA Club Chocolate ou Doc Dog. Óculos Chanel, Valentino, sandalinha rasteira DA Lenny. Ela sempre chega sozinha, dirigindo o seu próprio carro. DE POBRE: Mini-saia curtíssima do Hipermercado EXTRA, blusinha DA C&A estampada, tamanco de Madeira de salto altíssimo ou tênis de R$ 19,00 e bolinhas, óculos coloridos do camelô , é claro!!, piercing e anel no dedo do pé. Muitas usam biquíni por baixo, na esperança de tomar um banho de piscina. TRAJE MASCULINO: DE RICO: Bermuda Hugo Boss ou Richard, camisa esporte Siberian ou Brooksfield, óculos Armani e aquela caminhonete importada maravilhosa. DE POBRE: Chinelo Rider, Bermuda Florida ou feita de uma calça jeans cortada com a barriga aparecendo, camisa do Corinthians ou do Flamengo jogada nas costas (else morrem de calor) e óculos de camelô na testa. Chegam de Monza ou de carona com mais oito pessoas. A

Rápida Paixão...

Vida que vem e volta num segundo, Traz consigo a alegria e a esperança, Desfaz a insensatez que há no mundo Num sorriso e o amor, ela é quem lança. O perfume que ostenta, o ardor profundo Que carrega no olhar... Nunca se cansa. Quer beijar, abraçar, ir bem mais fundo Para que eterna seja sua lembrança. Pensando nela, vais dormir contente; Logo despertar, louco por revê-la; Vosso encontro, quiçá, será o começo. Hás de tentar amá-la eternamente; Vais ligar, escrever, querendo tê-la... A propósito: tens seu endereço?

Travessa dos Prazeres

      Enquanto caminhava docemente pelas íngremes e estreitas ruas do centro histórico, Agnes apreciava atentamente cada detalhe ao seu redor. Adorava ver os novos rostos das pessoas que passavam por aquele caminho que ela fazia diariamente, e era interessante notar que a cada novo dia novas coisas se colocavam diante de seus olhos, como se nunca tivessem estado lá, mas eram tão velhas quanto o cenário.       Por três vezes durante a semana, a menina palmilhava o percurso, por vielas e escadarias, ruas de paralelepípedos, algumas estreitas outras um pouco maiores, cercadas pelos casarões. Ia subindo pelo caminho até que aquela pequena rua se transformava num largo majestoso, com um chafariz no centro, era o mercado dos ambulantes, a melhor parte da viagem. Sentia os aromas sutis das ervas e flores nas bancas; das pessoas perfumadas ou não; a gritaria na competição pelo freguês e todo aquele emaranhado de sensações caoticamente absorvidas pelos seus cinco sentidos de apenas nove anos d