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Mostrando postagens de janeiro, 2015

Mágica

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Quando eu pensei em não acreditar mais em magia. Olhei e vi uma grande bola de areia flutuando sobre todos os homens. E eles a chamavam de lua. Era ela iluminada por uma outra bola. Uma chama poderosa que invadia todas as ruas. E o que pode ser isso se não magia? Vi os raios de luz se dividirem em arco íris. Vi a íris de uma menina que o olhava. E o que pode ser isso se não magia? Eu olhava ao meu redor e sentia. Dos mistérios vêm as crendices eu sei. Mas a tolice não é irmã da alegria? O que pode ser isso se não magia? Perguntei a todos os homens. E eles a chamavam de lua.

Luar Cheia Lua

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  Era uma lua cheia. Rua cheia. Uma lua. Nada meia. E nem parece. Toda nua. Maré que cresce. Uma grande lua cheia. Que incendeia. Alma crua. Era a tua. Sangue e veia. Velha prece. Me inclua. Pois é uma lua cheia. 

Um pouco pra você...

- Toma! - O que é? - Vida! - O que faço com ela? - Aproveita. - Como? - Não perguntando demais.

Pedaços

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  Parafuso Sou tomado por uma inspiração das mais elevadas, chego a dizer quase divina. Sinto meu pensamento, minhas ideias, meu modo de ver o mundo sendo lavados por uma máquina lavadora gigante, dessas que você não encontra nas Casas Bahia, e que só pode ser coisa do céu. Sabe aquela história de criança que escuta o estrondo do trovão, e a mãe vem dizendo que São Pedro tá arrastando os móveis e lavando o céu? Daí o barulho? Pois é. Só pode ser coisa do céu. Só pode ser máquina de São Pedro. Sinto — aliás, não sinto; ou sinto depois, isso sim — que a cabeça viaja e se desliga do mundo. Sabe quando você está dirigindo por uma estrada conhecida, a música do rádio tomando conta, e você simplesmente desliga? O Nirvana? Não sei. Só sei que é assim. E quando acordo tudo está diferente. Mas o pensamento, ah!, o pensamento, é a melhor parte. O pensamento está leve como um graveto. Límpido, arejado, como boiar no mar. E você descobre que a vida é muito simples de ser vivida. Mas dura pou