Defensoria recebe relatos de violações


Fatos teriam ocorrido nos complexos do Alemão, Penha e Maré; ouvidor alega que há produção de provas que são ilegais




Ações do Exército foram intensificadas há um tempo em algumas regiões.(FOTO: UOL)

O ouvidor-geral da DP-RJ (Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro), Pedro Strozenberg, explica que desde o início do decreto da intervenção, a defensoria acompanha “in loco” os relatos de violações por parte dos policiais ou das forças Armadas. “Nós temos um acúmulo nessa estrada. Mas, nessa semana, teve uma megaoperação, envolvendo o complexo da Penha, Alemão e Maré, e aí nós fomos nas comunidades”, diz. Ele falou sobre relatos de invasão domiciliar sem autorização, além de invasão de imóveis quando eles estão vazios.

No caso específico da megaoperação, o ouvidor-geral ressalta que há outros dois elementos destacados: o primeiro é o de apreensão e acesso dos celulares dos moradores, para ver as mensagens, o que poderia suscitar algum envolvimento deles. “Essa é uma produção de provas que é ilegal, é ilegítima”, explica. Além do relato da possibilidade de corpos na mata, fruto da operação, que não foram resgatados e não foi feita perícia no local.

Medidas

Strozenberg explica que há três coisas para a defensoria fazer: cuidar da defesa das pessoas presas, sistematizar as denúncias para poder encaminhar para os órgãos competentes e ajuízar ações de quem quer registrar denúncias.

Cinco presos em operação são libertados por liminar:

Ontem a Defensoria obteve liminar em favor de cinco pessoas que foram detidas nas primeiras horas da ação coordenada pelas Forças de Segurança nos Complexos da Maré e do Alemão, na última segunda-feira e terça-feira (20 e 21). Os jovens estavam em casa e não havia no local indício de envolvimento deles.

Durante a madrugada. A primeira liminar favoreceu Douglas Marcio Santos do Nascimento, Marcus Vinicius Santos Soares e Marcio Santos Soares. Após ser procurada pela família, a Defensoria Pública conseguiu estender os efeitos dessa decisão para Israel da Silva Costa, que é vizinho dos rapazes e estava presente na residência na hora da prisão. No final da manhã, a DP-RJ obteve uma nova liminar para soltar um adolescente aprendido.



Mariana Mauro.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Menina e Moça

Confissões...

Páginas em Branco

Oh Barulheira!

Como eu contarei estória para meu filho dormir...