Dublinenses (James Joyce)

Em Dublinenses, James Joyce nos permite observar por um tempo determinado, sem que sejamos vistos, diferentes pessoas em diferentes situações da vida cotidiana. A única que todas elas têm em comum é o fato de viverem em Dublin. Quanto ao restante, cada caso é diferente dos demais, embora não possamos deixar de reconhecer traços de caráter comuns a muitos dos personagens, como por exemplo, a inclinação para a bebida.

Em apenas 15 narrativas, o autor nos leva a conhecer a vida típica da Irlanda: encontramos donas-de-casa, jovens, religiosos, operários e muitos outros personagens em diferentes situações. Todos os contos beiram a fatalidade - mas é da vida que falam, sobretudo da vida dos que são a maioria em quaisquer cidades do mundo. Encontraremos mulheres abnegadas, homens irresponsáveis, jovens malucos. Presenciaremos a ilusão do rapazinho que vai à feira para comprar um presente para a menina de quem gosta; a indecisão da mulher jovem que deseja abandonar seu lar para fugir com o amado; o desaparecimento do rapaz que perde tudo o que tinha em uma noite de jogo; o cinismo de um don-juan que engana uma pobre moça; o terror que o pai espalha na família quando chega bêbado; a determinação com o qual uma mãe defende sua filha - enfim, situações, sentimentos e atitudes que, embora absolutamente normais, não deixam de nos surpreender por sua lógica e seu desfecho inevitável.

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