Forças Armadas vão atuar na gestão de Hospitais Federais

O Ministério da Saúde anuncia a ação integrada para melhorar o atendimento nas seis unidades federais do Rio de Janeiro. A medida acontece no mesmo dia em que a diretora do hospital de Bonsucesso foi exonerada do cargo. 


Militares vão atuar diretamente na gestão de seis hospitais federais do Rio de Janeiro. A afirmação foi feita pelo Ministro da Saúde, Luiz Henrique mandeta, após a exoneração da diretora do Hospital Federal de Bonsucesso, Luana Camargo da Silva. Ele disse que a nova equipe - que inclui também profissionais civis das Forças Armadas e de hospitais privados - começa a trabalhar na unidade da zona norte já na próxima semana. 

"Nas áreas críticas, que são de abastecimento, de licitação, devemos contar muito com a expertise dos militares que trabalham com esse tipo de atuação há muito tempo nos hospitais do Exército, da Marinha e da Aeronáutica", destacou Mandetta. 

O Secretário de Atenção à Saúde do governo federal, Francisco de Assis Figueiredo, assume interinamente a direção-geral do Hospital Federal de Bonsucesso. O Ministro se reuniu ontem com os diretores dos seis hospitais federais do Rio - Andaraí, Bonsucesso, Ipanema, Lagoa e Servidores - além de representantes de outros cinco hospitais referência no país, como Albert Einstein (SP). 

Devido a exoneração de Luana Camargo, Mandetta prometeu uma reestruturação total da unidade de Bonsucesso, alvo de várias denúncias de irregularidades. Servidores da unidade denunciam Luana por usar o cargo para satisfazer interesses políticos. Ela é acusada de fazer contratação de uma enfermeira que tem matricula no funcionalismo público, na prefeitura de Nova Friburgo, na Região Serrana do Estado. Ainda segundo as denúncias, a diretora furava filas para a realização de exames e consultas para pessoas próximas a ela. 

No início do mês, a equipe da TV Band flagrou pacientes aglomerados, internados em cadeiras e em pé. Mesmo com todos os problemas, a direção realizou, no último dia 11, um evento em comemoração aos 70 anos, com custo avaliado em mais de R$ 150 mil. Em protesto, servidores invadiram o local e a festa foi interrompida. 


"Os seis hospitais precisam de equipamentos. Não tem uma ressonância magnética em nenhuma dessas unidades". 
Luiz Henrique Mandetta, Ministro da Saúde do Governo Bolsonaro. 

O ministro negou que a presença de militares signifique uma intervenção nos hospitais federais: "O que se está fazendo é reconhecer que muito da situação e do que acontece nesses hospitais e falta de decisão do governo federal para enfrentar os problemas de falta de concurso, de reposição, de equipamento e de rotina". 

Ação Integrada

Na reunião, foi anunciada uma ação integrada com os hospitais particulares do país. A ideia é que profissionais dos hospitais Sírio-Libanês, do Coração, Albert Einstein e o Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, e Moinhos de Vento, no Rio Grande do Sul, atuem nas unidades federais para transferir conhecimento e experiências de gestão. 

MP entra com ação para evitar falta de medicamentos

O MP-RJ (Ministério Público) estadual entrou com uma ação na Justiça para obrigar o estado a manter um estoque mínimo de medicamentos e insumos nas unidades da rede pública de saúde. Segundo o MP, especialistas estimam que é necessário ter uma reserva de segurança de no mínimo nove meses, enquanto o Executivo estadual trabalha com um volume suficiente apenas para dois meses. 

"É absurdamente usual a descontinuidade de medicamentos na rede, especialmente aqueles para tratamento de doenças raras, o que ocasiona mortes. O MP-RJ lutará em favor de todos os doentes do Rio de Janeiro", reiterou o autor da ação, o promotor de Justiça José Marinho Paulo Júnior. O órgão pede aplicação de multa diária em caso de descumprimento e que a Justiça conceda uma liminar para compra imediata de remédios para doenças raras. 

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