Feliz (?) Dia das Mães
(Se não fosse um metrô, iria jurar que fosse um restaurante em pleno Dia das Mães)
Começa tudo bem, a família se encontra na casa da mãe mais velha da família, fica jogando conversa fora até todos os convidados chegarem e aí parte para algum restaurante bem grande, que no nosso tolo imaginário é tão grande que nunca vai ficar lotado. Em 86% dos casos, é uma churrascaria o local escolhido. Até esta parte, o programa é só felicidade.
Aí chegamos ao restaurante e começa o calvário. Independentemente do horário, a fila de espera está interminável, mas o pessoal do restaurante insiste em definir como “30 minutinhos” de espera (Deve ter algum estudo que demonstre que os clientes só aceitam esperar 30 minutos... então este é o número que eles falam). Duas horas depois, estamos nos sentando à mesa, e aí sim começa o verdadeiro sofrimento. Descobrimos que aquele restaurante, que freqüentamos sempre, hoje está o caos. O garçom leva horas para aparecer, traz todos os pedidos errados, a comida está irreconhecível, a cerveja está quente, a criança da mesa ao lado chora e berra sem parar.
Depois de tomar um café que parece ter sido coado na meia do garçom de tão ruim, pedimos a conta. Mais meia horinha e conseguimos a conta. Apesar do péssimo atendimento, o preço é até mais caro do que num dia normal! Outra meia horinha e conseguimos receber o carro do maldito manobrista. Mais um dia das mães que se vai. As mães parecem ser as únicas pessoas que estão se divertindo neste caos. Os mais bondosos dirão que é por causa da filharada reunida, mas às vezes eu acho que as mães estão é se vingando da nossa falta de atenção com elas no resto do ano, e que a aparente felicidade é na verdade sarcasmo puro. Um ano destes vou tentar tratar minha mãe bem o ano inteiro, para ver se no dia das mães ela fica com dó e faz um churrasco em casa ao invés de querer ir à churrascaria.

Comentários